É do conhecimento do Le Mans Portugal que a Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK) e as equipas que pretendiam dar início a um Campeonato de Sport-Protótipos em Portugal — aparentemente representadas pelo promotor V-Line Org — chegaram a um entendimento relativamente à criação de uma competição ibérica para Sport-Protótipos já este ano.

É do conhecimento do Le Mans Portugal que a Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK) e as equipas que pretendiam dar início a um Campeonato de Sport-Protótipos em Portugal — aparentemente representadas pelo promotor V-Line Org — chegaram a um entendimento relativamente à criação de uma competição ibérica para Sport-Protótipos já este ano.

Sendo a notícia  excelente para todos os amantes de automobilismo em Portugal — e para os amantes de sport-protótipos em particular — que se tenha chegado a esta entendimento, deixa-nos mesmo assim um pequeno "amargo de boca" por aquilo que se perspectiva revelar falta génio e ambição para ir mais longe, juntando de novo Protótipos e GT num tipo de competição quase sem paralelo no mundo inteiro e que tem nas competições organizadas sob a égide do ACO o seu expoente máximo.

Ao que tudo indica, o formato desta competição - que deverá adoptar a designação de Troféu Ibérico de Sport-Protótipos - será uma mistura de endurance e sprint, com cada evento a ser composto por três corridas: uma de endurance de 50 minutos, onde entrarão em pista todos os pilotos de cada carro e onde a equipa terá um papel influente em termos de estratégia; e duas de 25 minutos, em que cada piloto, individualmente, mostrará o que vale ao volante.

Serão 5 provas no total, 3 a disputar em Portugal e as outras 2 em Espanha, havendo preferência — no que toca a Portugal, e pelo que conseguimos apurar — por fazer coincidir as provas com Braga II (5-6 de Maio) do Campeonato Português de GT (CPGT) e Clássicos (CPC); Estoril I (1-3 de Junho) do CPGT e WTCC; e uma das duas idas ao Algarve, sendo a mais promissora a de 6-8 de Julho dada a presença do Mundial GT1. O organizador será a V-Line Org, promotor espanhol que tem vindo a gerir a Clio Cup España e a Copa de España de Resisitencia.

O Troféu, em principio, será dividido em quatro categorias, duas reservadas a protótipos das Classe CN, CM, C2 e C3, e as outras duas  reservadas a roadsters (carros de produção comercial de dois lugares, com duas rodas motrizes, e sem tecto rígido), organizadas da seguinte forma:

• Categoria 1 "Elite": Classe CN - Viaturas de Competição com dois lugares, abertas ou fechadas, equipadas com um motor de carro cuja cilindrada seja igual ou inferior a 2000cc.
• Categoria 2 "Open": Classes CM, C2 e C3: Viaturas com chassis construído em estrutura de aço tubular ou em monocasco de alumínio ou aço, abertas ou fechadas, equipadas com um motor de moto cuja cilindrada esteja limitada a 1000cc (CM), 1250cc(C2) e 1600cc(C3), respectivamente.
• Categoria 3 "Sport 1": Roadsters 2000cc - Viaturas de definição Roadster com motor de carro, com ou sem homologação e cilindrada limitada a 2000cc.
• Categoria 4 "Sport 2": Roadsters 1600cc - Viaturas de definição Roadster com motor de carro, com ou sem homologação e cilindrada limitada a 1600cc.

Nota: Estas informações carecem ainda de confirmação oficial

Trata-se assim de uma competição amplamente abrangente e que pretende aproveitar os vários carros existentes em Portugal - entre eles, vários Radical SR3, Caterham e Westfield - aos quais se juntam as novas viaturas adquiridas recentemente - Juno CN e Norma M20F, entre outras — e que, só contando com os possíveis inscritos lusitanos, poderá reunir cerca de 20 carros, aos quais se poderão juntar alguns mais vindos de Espanha dado o envolvimento da V-Line Org.

Pena é, e nunca será de mais repeti-lo, que aos atrás citados não se juntem também os Grand Turismo das classes GT3 e GT4 que compõem o Campeonato Português de GT — ganhava o espectáculo, ganhava o público e também ganhavam as equipas, pilotos e patrocinadores com a eventual maior atenção por parte do público e dos meios de comunicação social.

Perdeu-se, em nossa opinião, uma excelente oportunidade de ir mais além e criar um verdadeiro Campeonato Ibérico de GT e SP, capaz de atrair mais equipas e até habituais participantes do conhecido VdeV — e que até poderia colocar o CEGT em "cheque", numa altura em que é evidente que os GTs nacionais irão dividir-se entre os dois lados da fronteira. É certo que, dirão alguns, "é melhor que nada", mas acreditamos não viria mal ao mundo um pouco mais de ambição! Esperemos é que esta falta de ambição não o seja de facto, mas constitua tão só um primeiro passo necessário na construção de um futuro mais risonho, que só beneficiaria o automobilismo de ambos os países, numa altura em que as dificuldades financeiras que se fazem sentir de ambos os lados da fronteira deveria ser motivo suficiente para que se unissem esforços ao invés de (e incompreensível) se virarem as costas.

in: lemansportugal.com

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Como diz na notícia, excelente saida para muitos carros que estavam parados e que poderão voltar às pistas, ou 1 erro não incluir os Gt's? Será que a FPAK vai pedir mndos e fundos pelas inscrições como tem sido hábito?? Esperemos para ver...

:boss: